quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Textos e questionamentos

A boneca Guilhermina

Esta é a minha boneca, a Guilhermina. Ela é uma boneca muito bonita, que faz xixi e cocô. Ela é muito boazinha também. Faz tudo o que eu mando. Na hora de dormir, reclama um pouco. Mas depois que pega no sono, dorme a noite inteira! Às vezes ela acorda no meio da noite e diz que está com sede. Daí eu dou água para ela.
Daí ela faz xixi e eu troco a fralda dela. Então eu ponho a Guilhermina dentro do armário, de castigo. Mas quando ela chora, eu não aguento. Eu vou até lá e pego a minha boneca no colo. A Guilhermina é a boneca mais bonita da rua.

MUILAERT, A. A boneca Guilhermina. In: As
reportagens de Penélope. São Paulo: Companhia das
Letrinhas, 1997, p. 17. Coleção Castelo Rá-Tim-Bum –
Vol. 8.
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01)O trecho “A Guilhermina é a boneca mais bonita da rua” expressa:
(A) uma opinião da dona sobre a sua boneca.
(B) um comentário das amigas da dona da boneca.
(C) um desejo da dona de Guilhermina.
(D) um fato acontecido com a boneca e a sua dona.
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02) No trecho “Mas quando ela chora, eu não agüento” (􀀁. 11-12), a expressão sublinhada significa, em relação à dona da boneca, sentimento de:
(A) paciência.
(B) pena.
(C) raiva.
(D) solidão.
03)A terceira moça foi a escolhida pelo rapaz porque ela:
(A) demonstrou que era cuidadosa e paciente.
(B) era mais rápida que as outras.
(C) provou que os últimos serão os primeiros.
(D) agradou a senhora da história.


04)No texto, a primeira moça era:
(A) bondosa.
(B) esperta.
(C) gulosa.
(D) inteligente.


Qualquer vida é muita dentro da floresta
Se a gente olha de cima, parece tudo parado.
Mas por dentro é diferente.
A floresta está sempre em movimento.
Há uma vida dentro dela que se transforma
sem parar.
Vem o vento.
Vem a chuva.
Caem as folhas.
E nascem novas folhas.
Das flores saem os frutos.
E os frutos são alimentos.
Os pássaros deixam cair as sementes.
Das sementes nascem novas árvores.
As luzes dos vaga-lumes são estrelas na terra.
E com o sol vem o dia.
Esquenta a mata.
Ilumina as folhas.
Tudo tem cor e movimento.
ÍNDIOS TICUNA. Qualquer vida é muita dentro da floresta.
In: O livro das árvores. 2. ed. Organização Geral dos
Professores Ticuna Bilíngues, 1998. p. 48.
06)A idéia central do texto é:
(A) a chuva na floresta.
(B) a importância do Sol.
(C) a vida na floresta.
(D) o movimento das águas

07)O que diz o trecho:
“Esquenta a mata. Ilumina as folhas. Tudo tem cor e movimento.” acontece porque
(A) aparecem estrelas.
(B) brotam flores.
(C) chega o sol.
(D) vem o vento.




EVA FURNARI

EVA FURNARI – Uma das principais figuras da literatura para crianças. Eva Furnari nasceu em Roma (Itália) em 1948 e chegou ao Brasil em 1950, radicando-se em São Paulo. Desde muito jovem, sua atração eram os livros de estampas – e não causa estranhamento algum imaginá-Ia envolvida com cores, lápis e pincéis, desenhando mundos e personagens para habitá-Ios... Suas habilidades criativas encaminharam-na, primeiramente, ao universo das Artes Plásticas expondo, em 1971, desenhos e pinturas na Associação dos Amigos do Museu de Arte Moderna, em uma mostra individual. Paralelamente, cursou a Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo da USP, formando-se no ano de 1976. No entanto, erguer prédios tornou-se pouco atraente quando encontrou a experiência das narrativas visuais.
Iniciou sua carreira como autora e ilustradora, publicando histórias sem texto verbal, isto é, contadas apenas por imagens. Seu primeiro livro foi lançado pela Ática, em 1980, Cabra-cega, inaugurando a coleção Peixe Vivo, premiada pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil –
FNLlJ.
Ao longo de sua carreira, Eva Furnari recebeu muitos prêmios, entre eles contam o Jabuti de
"Melhor Ilustração" – Trucks (Ática, 1991), A bruxa Zelda e os 80 docinhos (1986) e Anjinho (1998)
– sete láureas concedidas pela FNLlJ e o Prêmio APCA pelo conjunto de sua obra.
http:llcaracal. imaginaria. cam/autog rafas/evafurnari/index. html

08) No trecho “Ao longo de sua carreira, Eva Furnari recebeu prêmios, entre eles contam o Jabuti”
a palavra destacada refere-se a
(A) lápis.
(B) livros.
(C) pincéis.
(D) prêmios.

09 O trecho que contém uma idéia de tempo é:
(A) “Eva Furnari nasceu em Roma.”
(B) “radicando-se em São Paulo.
(C) “formando-se no ano de 1976.”
(D) “seu primeiro livro foi lançado pela Ática.”

O menino que mentia
Um pastor costumava levar seu rebanho para fora da aldeia. Um dia resolveu pregar uma peça nos vizinhos. Um lobo! Um lobo! Socorro! Ele vai comer minhas ovelhas! Os vizinhos largaram o trabalho e saíram correndo para o campo para socorrer o menino. Mas encontraram-no às gargalhadas. Não havia lobo nenhum. Ainda outra vez ele fez a mesma brincadeira e todos vieram ajudar; e ele caçoou de todos. Mas um dia o lobo apareceu de fato e começou a atacar as ovelhas. Morrendo de medo, o menino saiu correndo. Um lobo! Um lobo! Socorro!
Os vizinhos ouviram, mas acharam que era caçoada. Ninguém socorreu e o pastor perdeu todo o rebanho. Ninguém acredita quando o mentiroso fala a verdade.

BENNETT, William J. O livro das virtudes para crianças. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.
10) O texto tem a finalidade de:
(A) dar uma informação.
(B) fazer uma propaganda.
(C) registrar um acontecimento.
(D) transmitir um ensinamento.

11) No final da história, pode-se entender que:
(A) as ovelhas fugiram do pastor.
(B) os vizinhos assustaram o rebanho.
(C) o lobo comeu todo o rebanho.
(D) o jovem pastor pediu socorro.


Chapeuzinho amarelo

Era a Chapeuzinho amarelo
Amarelada de medo.
Tinha medo de tudo, aquela Chapeuzinho.
Já não ria.
Em festa não aparecia.
Não subia escada
nem descia.
Não estava resfriada,
mas tossia.
Ouvia conto de fada e estremecia.
Não brincava mais de nada,
nem amarelinha.
Tinha medo de trovão.
Minhoca, pra ela, era cobra.
E nunca apanhava sol,
porque tinha medo de sombra.
Não ia pra fora pra não se sujar.
Não tomava banho pra não descolar.
Não falava nada pra não engasgar.
Não ficava em pé com medo de cair.
Então vivia parada,
Deitada, mas sem dormir,
Com medo de pesadelo.
HOLLANDA, Chico Buarque de. In: Literatura comentada. São Paulo: Abril Cultural, 1980.

13) O texto trata de uma menina que:
(A) brincava de amarelinha.
(B) gostava de festas.
(C) subia e descia escadas.
(D) tinha medo de tudo.


Continho

Era uma vez um menino triste, magro e barrigudinho. Na soalheira danada de meio-dia, ele
estava sentado na poeira do caminho, imaginando bobagem, quando passou um vigário a
cavalo.
— Você, aí, menino, para onde vai essa estrada?
— Ela não vai não: nós é que vamos nela.
— Engraçadinho duma figa! Como você se chama?
— Eu não me chamo, não, os outros é que me chamam de Zé.
MENDES CAMPOS, Paulo. Para gostar de ler: crônicas. São Paulo: Ática, 1996. v.1, p.76.

14) Há traço de humor no trecho:
(A) “Era uma vez um menino triste, magro”. (l. 1)
(B) “ele estava sentado na poeira do caminho”. (l. 2)
(C) “quando passou um vigário”. (l. 2-3)
(D) “Ela não vai não: nós é que vamos nela”. (l. 5)
O hábito da leitura

“A criança é o pai do homem”. A frase, do poeta inglês William Words Worth, ensina que o adulto conserva e amplia qualidades e defeitos que adquiriu quando criança. Tudo que se torna um hábito dificilmente é deixado. Assim, a leitura poderia ser uma mania prazerosa, um passatempo. Você, coleguinha, pode descobrir várias coisas, viajar por vários lugares, conhecer várias pessoas, e adquirir muitas experiências enquanto lê um livro, jornal, gibi, revista, cartazes de rua e até bula de remédio. Dia 25 de janeiro foi o dia do Carteiro. Ele leva ao mundo inteiro várias notícias, intimações, saudades, respostas, mas tudo isso só existe por causa do hábito da leitura. E aí, vamos participar de um projeto de leitura?
Correio Braziliense, Brasília, 31 jan. 2004. p.7.

15) No trecho “Ele leva ao mundo inteiro várias notícias...” (l.7), a palavra sublinhada refere-se
ao
(A) carteiro.
(B) jornal.
(C) livro.
(D) poeta.

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