segunda-feira, 27 de setembro de 2010

FÁBULAS III

Os Dois Viajantes e o Urso


Dois homens viajavam juntos através de uma densa floresta, quando, de repente, sem que nenhum deles esperasse, um enorme urso surgiu do meio da vegetação, à frente deles.Um dos viajantes, de olho em sua própria segurança, não pensou duas vezes, correu e subiu numa árvore.Ao outro, incapaz de enfrentar aquela enorme fera sozinho, restou deitar-se no chão e permanecer imóvel, fingindo-se de morto. Ele já escutara que um Urso, e outros animais, não tocam em corpos de mortos.
Isso pareceu ser verdadeiro, pois o Urso se aproximou dele, cheirou sua cabeça de cima para baixo, e então, aparentemente satisfeito e convencido que ele estava de fato morto, foi embora tranquilamente.O homem que estava em cima árvore então desceu. Curioso com a cena que viu lá de cima, ele perguntou:
- "Me pareceu que o Urso estava sussurrando alguma coisa em seu ouvido. Ele lhe disse algo?"
- "Ele disse sim!" respondeu o outro, "Disse que não é nada sábio e sensato de minha parte, andar na companhia de um amigo, que no primeiro momento de aflição me deixa na mão!".


Moral da História:
"A crise é o melhor momento para nos revelar quem são os verdadeiros amigos."


1 - Por que um dos dois viajantes se deitou no chão fingindo-se de morto?

2 - Os dois viajantes eram amigos?

3 - Ao invés de atacar o homem que estava no chão, o que fez o animal?

4 - Você seria capaz de relacionar o drama da fábula com alguma situação da vida real?

5 - Você é capaz de explicar, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?



A Raposa e o Macaco


Numa grande reunião, entre todos os animais, que fora organizada para eleger um novo líder, foi solicitado que o Macaco fizesse sua apresentação. Ele se saiu tão bem com suas cambalhotas, caretas e guinchos, que os animais ali presentes ficaram contagiados. E entusiasmados, daquele dia em diante, resolveram o eleger como seu novo rei. A Raposa, que não votara no Macaco, estava aborrecida com os demais animais, por terem eleito um líder, a seu ver, tão desqualificado. Um dia, caminhando pela floresta, ela encontrou uma armadilha com um pedaço de carne. Correu até o Rei Macaco e lhe disse que encontrara um rico tesouro, que nele não tocara, porque por direito pertencia a sua majestade o Macaco.
O ganancioso Macaco, todo vaidoso e de olho na prenda, seguiu a Raposa até a armadilha. E tão logo viu o pedaço de carne preso a ela, estendeu o braço para pegá-lo, e acabou ficando preso. A Raposa, ao lado, deu uma gargalhada.
"Você pretende ser um Rei," ela disse, "mas é incapaz de cuidar de si mesmo!"
Logo, passado aquele evento, uma nova eleição foi realizada entre os animais. xxxx

Autor: Esopo
Moral da História:
"O verdadeiro líder é aquele capaz de provar para si mesmo suas qualidades."

QUESTÕES SOBRE A FÁBULA.

1. Na sua opinião, qual o critério que os animais adotaram para eleger um novo líder? Ao analisar esse critério, você o considera válido?

2. Todos os animais concordaram com a eleição do novo Rei?

3. O Rei que fora eleito estava a altura, isto é, capacitado para exercer seu novo posto? Mais ainda, Ele demonstrava sabedoria e humildade?

4. Na sua opinião, qual a intenção da Raposa ao atrair o Rei eleito para a armadilha?

5. Você seria capaz de descrever, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?




As Formigas e o Gafanhoto

Num brilhante dia de outono, uma família de formigas se apressava para aproveitar o calor do sol, colocando para secar, todos os grãos que haviam coletado durante o verão. Então um Gafanhoto faminto se aproximou delas, com um violino debaixo do braço, e humildemente veio pedir um pouco de comida.As formigas perguntaram surpresas: "Como? Então você não estocou nada para passar o inverno? O que afinal de contas você esteve fazendo durante o último verão?"E respondeu o Gafanhoto: "Não tive tempo para coletar e guardar nenhuma comida, eu estava tão ocupado fazendo e tocando minhas músicas, que sequer percebi que o verão chegava ao fim."As Formigas encolheram seus ombros indiferentes, e disseram: "Fazendo música, todo tempo você esteve? Muito bem, agora é chegada a hora de você dançar!"
E dando às costas para o Gafanhoto continuaram a realizar o seu trabalho.
Autor: Esopo
Moral da História:
Há sempre um tempo para o trabalho, e um tempo para a diversão.


Questões Sobre a Fábula


1. Por que motivo foi o Gafanhoto pedir comida para as Formigas?

2. Você considera que a atitude das formigas em relação a ele foi incorreta ou correta? Por quê?

3. Na vida real você conhece alguma história que seja semelhante a essa?

4. Você seria capaz de descrever, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?



O Cachorro, o Galo e a Raposa

Um Cachorro e um Galo que viajavam juntos, resolveram se abrigar da noite, em uma árvore. O Galo se acomodou num galho no alto, enquanto o cão deitou-se num oco, na base do tronco da mesma. Quando amanheceu, o Galo, como de costume, cantou ao despertar.Uma Raposa, que procurava comida ali perto, ao escutar o canto, se aproximou da árvore, e foi logo dizendo o quanto lhe agradaria conhecer de perto, o dono de tão extraordinária voz."Se você me permitir", ela disse, "Ficarei muito grato de passar o dia em sua companhia, apreciando sua voz."O Galo então disse: "Senhor, por favor, dê a volta na árvore, e peça para meu porteiro lhe abrir a porta, pois eu o receberei de bom grado."Quando a Raposa se aproximou da árvore, o Cachorro a atacou afugentando-a para longe.

Autor: Esopo
Moral da História:
Quem age de má fé, cedo ou tarde acaba por cair na própria armadilha.


Questões Sobre a Fábula


1. Cachorro e Galo viajavam juntos como amigos?

2. O Galo, ao convidar a Raposa para subir à árvore, agiu de forma ingênua ou calculada?

3. A Raposa, ao elogiar o canto do Galo, estava sendo sincera ou apenas oportunista?

4. Na Parábola, o autor tenta nos fazer compreender algum sentimento próprio da natureza humana? Qual seria?

5. Você seria capaz de descrever, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?



O Conselho dos Ratos

Os Ratos resolveram organizar um conselho para decidir, qual seria a melhor alternativa, para que eles pudessem saber com antecedência, quando o inimigo deles, o Gato, estava por perto.Dentre as muitas idéias apresentadas, uma delas, que logo foi aprovada por todos, considerava que, um sino deveria ser pendurado no pescoço do Gato. Assim, ao escutarem o tilintar do mesmo, todos poderiam correr a tempo para seus buracos. Além de gostaram do plano, todos ficaram extasiados com tão criativa solução.E um velho Rato então questionou: "Meus amigos, percebo que o plano é realmente muito bom. Mas, quem dentre nós prenderá o sino no pescoço do Gato?" E nenhum voluntário se fez presente.

Autor: Esopo
Moral da História:
Dizer o que deve ser feito é uma coisa, fazê-la, entretanto, é "coisa" bastante diferente.

Questões Sobre a Fábula


1. Por que os Ratos resolveram organizar aquela reunião?

2. As ideias ali apresentadas foram criativas? Elas foram capazes de resolver o problema que enfrentavam?

3. Alegoricamente, o Autor da fábula tenta nos mostrar algum comportamento próprio do homem? Qual seria este comportamento?

4. Você seria capaz de descrever, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?




O Lavrador e a Cegonha

Uma Cegonha de natureza simples e ingênua por ser boa, foi convidada por um bando de Garças, a visitar com elas, um campo que fora recentemente semeado. Mas, a festa acabou bruscamente, quando todo o bando foi capturado numa armadilha colocada no local, pelo lavrador dono daquele cultivo.A Cegonha pediu então ao lavrador que a deixasse ir embora. Ela argumentou dizendo: "Por favor, deixe-me ir embora, Eu pertenço a família das Cegonhas, que são conhecidas pela sua honestidade e bom caráter. Veja, até minhas penas são diferentes da plumagem delas. Além disso, não sabia que as Garças estavam vindo roubar suas sementes."Respondeu então o agricultor: "Você pode ser um bom pássaro, e tudo que diz pode ser verdadeiro, mas eu capturei você na companhia de Garças destruidoras de plantações, e assim, terá a mesma punição que reservei para elas."

Autor: Esopo
Moral da História:
Você é julgado a partir das companhias com quem anda.

Questões Sobre a Fábula


1. A Cegonha, ao se juntar ao bando de Garças, agiu de má ou boa fé?

2. As Garças, para os plantadores, eram consideradas bons pássaros ou uma ameaça?

3. Na sua opinião, podemos julgar o injusto ou o justo baseando-nos nas aparências? Você considera injusto ou justo o desfecho do conto?

4. Você seria capaz de descrever, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?


O Lobo e a sua Sombra

Um Lobo saiu de sua toca num fim de tarde, bem disposto e com grande apetite. E enquanto ele corria, a luz do sol poente batia sobre seu corpo, fazendo sua sombra aparecer refletida no chão.Então ele viu aquela sombra de si mesmo projetada no chão. E como a sombra de uma coisa é sempre bem maior que a própria coisa, ao ver aquilo, exclamou vaidoso: "Ora, ora, veja só o quanto grande eu sou! Imagine eu, com todo esse tamanho, e ainda tendo que fugir de um insignificante Leão! Eu o mostrarei, quando o encontrar, se Ele ou Eu, afinal, quem de verdade é o rei dos animais!"E enquanto estava distraido envolto em seus pensamentos e gabando a si mesmo, um Leão pulou sobre ele e o capturou. Ele então exclamou com tardio arrependimento: "Coitado de mim! Minha exagerada autoestima foi a causa da minha perdição."


Autor: Esopo
Moral da História:
Não permita que suas fantasias o façam esquecer da realidade.


Questões sobre a fábula!

1. O que sentiu o Lobo ao ver projetada no chão sua Sombra?

2. Por que a Sombra do Lobo parecia bem maior que o próprio tamanho dele?

3. Podemos afirmar que a autoestima do Lobo o tornou mais forte e poderoso que os demais animais?

4. Você seria capaz de descrever, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?

Artigo sobre Leitura e interpretação.

Leitura e interpretação


A interpretação de texto é uma
atividade que ocorre em todos os
níveis escolares e, toda vez que a
proposta é lançada em sala de
aula, é comum ouvirmos murmúrios,
tais como: De novo! Ah!
Não! Eu não gosto de interpretação
de texto!
Mas, o que pouco sabemos é
sobre as origens deste desconforto.
Em primeiro lugar, necessitamos
saber o porquê de os alunos
resistirem tanto a este tipo de trabalho.
Tais resistências podem ter
surgido damaneira como é imposta
a interpretação, ou pelo fato
deles apresentarem pouca concentração
ou, ainda, por não conseguirem
compreender o que leram.
De acordo com os estudos
de Vygotsky, o pensamento não se
expressa apenas em palavras, ele
se torna presente por meio delas,
criando assimalicerces que geram
maior compreensão.
Cagliari nos diz que o segredo
da alfabetização é a leitura. Talvez
mais um motivo desse desconforto:
o pouco incentivo à leitura oferecido
aos alunos, na fase da alfabetização.
Segundo o autor, o leitor
deverá em primeiro lugar decifrar
a escrita, depois entender a
linguagem encontrada, em seguida
decodificar todas as implicações
que o texto tem e, finalmente,
refletir sobre isso e formar o
próprio conhecimento e a opinião
a respeito do que leu.
Para Ferreiro e Teberosky, a
causa principal das dificuldades
de compreensão do conteúdo da
leitura é o domínio imperfeito da
mecânica da leitura.
É comum encontrarmos alunos,
e até mesmo adultos formados,
capazes de lerem reportagens
em jornais e artigos em revistas
e não entenderem nada daquilo
que leram.
O trabalho com a interpretação
não acontece apenas na área da
Língua Portuguesa, mas em todos
os campos de nosso aprendizado
escolar. Muitos pesquisadores
atribuem a dificuldade na Matemática
à interpretação das situações-
problema ou das ordens dos
exercícios. Isto é mais uma prova
de que devemos atribuir uma atenção
especial a este assunto.
Segundo Vygotsky, um estudo
mais profundo do desenvolvimento
da compreensão e da comunicação
na infância levou-nos à conclusão
de que a verdadeira comunicação
requer significado, ou
seja, só compreende o que lê aquele
que consegue entender o significado
das palavras. Assim, concluímos
que primeiro é preciso
compreender aquilo que estamos
lendo para, depois, conseguirmos
interpretar a leitura feita.
É necessário, ainda, incentivar
nossos alunos, por meio de uma
atitude questionadora que favoreça
a leitura como um processo
mental, oferecendo exercícios de
compreensão e discussão sobre o
que foi lido.
De início, o aluno lê o texto,
compreende aquilo que leu e somente
depois consegue fazer a
sua interpretação.

•LUCIANE KNÜPPE
Licenciada em Pedagogia com Habilitação
em Supervisão Escolar.
Especialista em Educação Infantil.
Porto Alegre/RS.

domingo, 26 de setembro de 2010

PROBLEMAS DE MATEMÁTICA.

1- Rafa tem 1,25 metros de altura e Carol 1,43 metros. A diferença entre as alturas é de:
(A) 0,28 m
(B) 0,18 m
(C) 0,15 m
(D) 0,12 m

2- Compare os números:
20,03 21,05 21,12 20,15

Escrevendo-os na ordem crescente, temos:
(A) 20,03 21,05 21,12 20,15
(B) 20,03 20,15 21,05 21,12
(C) 21,05 20,03 21,12 20,15
(D) 21,12 21,05 20,15 20,03

3- Com uma nota de R$ 5,00 comprei um saquinho de pipoca e quatro balas, gastando R$ 2,25.
Recebi de troco:
(A) R$ 2,15
(B) R$ 2,25
(C) R$ 2,50
(D) R$ 2,75

4- Em um concurso o melhor goleiro foi eleito com 34 de um total de 85 votos. A fração que representa esta votação é:
(A)119/34
(B)119/85
(C)85/34
(D)34/85

5- Rebeca gastou quatro reais e cinco centavos em uma loja. Esse valor é representado por:
(A) R$ 4,50
(B) R$ 4,05
(C) R$ 4,005
(D) R$ 405,00

6- A professora de 4ª série, corrigindo as avaliações da classe, viu que Pedro
acertou2/10 das questões. De que outra forma a professora poderia representar
essa fração?
(A) 0,02
(B) 0,10
(C) 0,2
(D) 2,10

7- Fernando tem, no seu cofrinho, cinco moedas de R$ 0,05, oito moedas de R$ 0,10 e três moedas de R$ 0,25. Que quantia Fernando tem no cofrinho?
(A) R$ 1,55
(B) R$ 1,80
(C) R$ 2,05
(D) R$ 4,05

8 - A altura de Karen é 1,45 metros e a de seu irmão é 1,27 metros. Quantos centímetros Karen tem
a mais que seu irmão?
(A) 28 cm
(B) 18 cm
(C) 15 cm
(D) 12 cm

9 - Paulo comprou 4 dúzias de lápis de cor para distribuir igualmente entre as 8 crianças de uma creche. Cada criança ganhará:
(A) 4 lápis.
(B) 6 lápis.
(C) 12 lápis.
D) 48 lápis

10 - Efetuando a operação 2 782 ÷ 13 encontramos como quociente:
(A) 204
(B) 214
(C) 224
(D) 234

11 - Beto saiu de sua casa na cidade de São Paulo para ver os rodeios em Barretos. Depois de percorrer 374,8 quilômetros, ele parou num posto de gasolina e soube que ainda faltavam 63 quilômetros para chegar a seu destino. A distância percorrida de sua casa a Barretos é igual a:
(A) 1 004,8 km
(B) 437,8 km.
(C) 381,1 km.
(D) 311,8 km.

12 - Júlia tinha 5,5 m de tecido. Ela fez uma saia e uma blusa. Para a saia foram necessários 2,45 m de tecido e 1,8 m para a blusa. Quantos metros de tecido restaram?
(A) 0,65 m
(B) 1,25 m
(C) 3,05 m
(D) 4,25 m

13 - Todo o ano, desde 1924, no dia 31 de dezembro acontece a tradicional Corrida de São Silvestre. Seu percurso total é de 15 quilômetros. Um atleta que completar o percurso terá corrido:
(A) 150 m.
(B) 1 500 m.
(C) 15 000 m.
(D) 150 000 m.

14 - Frederico me emprestou R$1.450,00 e eu já devolvi R$875,00. Quantos reais ainda estou lhe devendo?
(A) 580
(B) 575
(C) 560
(D) 555

15 - Um computador custa R$2.750,00. não posso compra-lo pois faltam R$1.050,00. Quantos reais eu tenho?1.700
(A) 1.700
(B) 1.680
(C) 1.560
(D) 1.650

16 - Para pagar um televisor, dei R$ 250,00 de entrada, e o restante vou pagar em 4 prestações de R$102,00. Qual é o valor do televisor?
(A) R$ 758,00
(B) R$ 750,00
(C) R$ 658,00
(D) R$ 650,00

17 - No supermercado, dei R$500,00 para pagar as compras. Recebi de troco R$98,00. Quanto gastei com as compras?
(A) R$ 302,00
(B) R$ 386,00
(C) R$ 402,00
(D) R$ 400,00

TEXTO: A VELHA CONTRABANDISTA.

A VELHA CONTRABANDISTA

Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega – tudo malandro velho – começou a desconfiar da velhinha. Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:
- Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontólogo e respondeu:
- É areia! Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.
Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas às vezes, o que ela levava no saco era areia. Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
- Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
- Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:
- Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?
- O senhor promete que não “espaia” ? – quis saber a velhinha.
- Juro – respondeu o fiscal.
- É lambreta.
(Stanislaw Ponte Preta)





Interpretação do texto

1) O que a velhinha carregava dentro do saco, para despistar o guarda?

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2) O que o autor quis dizer com a expressão “tudo malandro velho”?

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3) Leia novamente o 4º parágrafo do texto e responda:

Quando o narrador citou os dentes que “ela adquirira no odontólogo”, a que tipo de dentes ele se referia?

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4) Explique com suas palavras qual foi o truque da velhinha para enganar o fiscal.
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5) Quando a velhinha decidiu contar a verdade?
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6) Qual é a grande surpresa da história?
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7) Numere corretamente as frases abaixo, observando a ordem dos acontecimentos.

( ) O fiscal verificou que só havia areia dentro do saco.
( ) O pessoal da alfândega começou a desconfiar da velhinha.
( ) Diante da promessa do fiscal, ela lhe contou a verdade: era contrabando de lambretas.
( ) Todo dia, a velhinha passava pela fronteira montada numa lambreta, com um saco no bagageiro.
( ) Mas, desconfiado, o fiscal passou a revistar a velhinha todos os dias.
( ) Durante um mês, o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.
( ) Então, ele prometeu que não contaria nada a ninguém, mas pediu à velhinha que lhe dissesse qual era o contrabando que fazia.

FÁBULAS II

A Formiga e a Pomba


Uma Formiga foi à margem do rio para beber água, e sendo arrastada pela forte correnteza, estava prestes a se afogar. Uma Pomba, que estava numa árvore sobre a água observando a tudo, arranca uma folha e a deixa cair na correnteza perto da mesma. Subindo na folha a Formiga flutua em segurança até a margem. Eis que pouco tempo depois, um caçador de pássaros, oculto pelas folhas da árvore, se prepara para capturar a Pomba, colocando visgo no galho onde ela repousa, sem que a mesma perceba o perigo. A Formiga, percebendo sua intenção, dá-lhe uma ferroada no pé. Do susto, ele deixa cair sua armadilha de visgo, e isso dá chance para que a Pomba desperte e voe para longe, a salvo.

Autor: Esopo
Moral da História: Nenhum ato de boa vontade ou gentileza é coisa em vão.

Questões Sobre a Fábula

1. Você é capaz de identificar quais os tipos de sentimentos que o autor tenta representar na fábula?


2. Por que a Pomba resolveu ajudar a Formiga? Como foi que ela ajudou?


3. O que a Formiga fez para retribuir o favor recebido? O que aconteceu depois?



4. Você seria capaz de descrever, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?






A Lebre e a Tartaruga

Um dia, uma Lebre ridicularizou as pernas curtas e a lentidão da Tartaruga. A Tartaruga sorriu e disse: "Pensa você ser rápida como o vento; Mas Eu a venceria numa corrida." A Lebre claro, considerou sua afirmação algo impossível, e aceitou o desafio. Convidaram então a Raposa, para servir de juiz, escolher o trajeto e o ponto de chegada.E no dia marcado, do ponto inicial, partiram juntos. A Tartaruga, com seu passo lento, mas firme, determinada, em momento algum, parou de caminhar. Mas a Lebre, confiante de sua velocidade, despreocupada com a corrida, deitou à margem da estrada para um rápido cochilo. Ao despertar, embora corresse o mais rápido que pudesse, não mais conseguiu alcançar a Tartaruga, que já cruzara a linha de chegada, e agora descansava tranqüila num canto.

Autor: Esopo
Moral da História: Ao trabalhador que realiza seu trabalho com zelo e persistência, sempre o êxito o espera.

Questões Sobre a Fábula

1. Na sua opinião, Por que a lebre aceitou o desafio da Tartaruga?


2. O que aconteceu depois que os dois competidores partiram do ponto inicial?


3. Você consegue relatar alguma situação da vida real que se assemelhe ao exemplo da fábula?


4. Você seria capaz de descrever, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?

TEXTOS E ATIVIDADES III.

A coruja e a águia

Coruja e águia depois de muita briga, resolveram fazer as pazes.
-Basta de guerra!-disse a coruja. –O mundo é grande, e tolice maior que o mundo é andarmos a comer os filhotes uma da outra.
-Perfeitamente-respondeu a águia. -Também eu, não quero outra coisa.
-Nesse caso, combinemos isto: de agora em diante não comerás nunca os meus filhotes.
-Muito bem. Mas como posso distinguir os teus filhotes?
-Coisa fácil! Sempre que encontrares uns borralhos lindos, bem feitinhos de corpo, alegres, cheios de uma graça especial que não existe em filhotes de nenhuma outra ave, já sabes, são os meus.
-Está feito!-concluiu a águia.
Dias depois, andando à caça, a águia encontrou um ninho com três monstrengos dentro, que piavam de bico muito aberto.
-Horríveis bichos!-disse ela. -Vê-se logo que não são os filhos da coruja e comeu-os.
Mas eram os filhos da coruja. Ao regressar à toca, a triste mãe chorou amargamente o desastre e foi justar contas com a rainha das aves.
-Quê?! –disse esta admirada. –Eram teus filhos aqueles monstrenguinhos? Pois olha, não se pareciam nada, nada, com o retrato que deles me fizeste...

Para retrato de filho, ninguém acredite em pintor pai.
Lá diz o ditado: “Quem o feio ama, bonito lhe parece”...

Responda em seu caderno:

1- Qual foi o acordo feito pela coruja e a águia?



2- A águia respeitou esse acordo?



3- Qual foi o ditado citado por Monteiro Lobato no final da fábula?



4- Escreva com suas palavras o que esse ditado vem nos ensinar.



Leia o texto abaixo:


Vários planetas são visíveis a olho nu: Marte, Júpiter, Vênus, Saturno e Mercúrio. Esses astros já eram conhecidos não apenas dos gregos, mas também de povos ainda mais antigos, como os babilônios. Apesar de sua semelhança com as estrelas, os planetas eram identificados pelos povos da Antiguidade graças a duas características que os diferenciavam. Primeiro: as estrelas, em curtos períodos, não variam de posição umas em relação às outras. Já os planetas mudam de posição no céu com o passar das horas. À noite, esse movimento pode ser percebido com facilidade. Segundo: as estrelas têm uma luz que, por ser própria, pisca levemente. Já os planetas, que apenas refletem a luz do Sol, têm um brilho fixo. Os planetas mais distantes da Terra só puderam ser descobertos bem mais tarde, com a ajuda de aparelhos ópticos como o telescópio. “ O primeiro deles a ser identificado foi Urano, descoberto em 1781 pelo astrônomo inglês William Herschel” afirma a astrônoma Daniela Lázzaro, do Observatório Nacional do Rio de Janeiro. (Superinteressante,agosto/01)

ITEM 01: Com relação às idéias contidas no texto, não se pode afirmar que:
A) os gregos não conheciam o planeta Urano.
B) os gregos, bem como outros povos da Antiguidade, conheciam vários planetas do Sistema Solar.
C) a olho nu, os planetas se assemelhavam às estrelas.
D) os povos da Antiguidade usavam aparelhos ópticos rudimentares para identificar certos planetas.

ITEM 02: Segundo o texto a Astronomia é uma ciência que, em dadas circunstâncias, pode prescindir de:
A) estrelas
B) planetas
C) instrumentos
D) astrônomos

ITEM 03: A diferença que os antigos já faziam entre estrelas e planetas era de:
A) brilho e posição.
B) beleza e posição.
C) importância e disposição.
D) brilho e importância.

ITEM 04: Segundo o texto, as estrelas:
A) são iguais aos planetas.
B) não piscam
C) só mudam de posição à noite
D) mudam de posição em longos períodos de tempo.



D01- Leia o texto abaixo.

CACHORROS

Os zoólogos acreditam que o cachorro se originou de uma
espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois os cães se juntaram
aos seres humanos e se espalharam por quase todo o mundo.
Essa amizade começou há uns 12 mil anos, no tempo em que as pessoas precisavam caçar para se alimentar. Os cachorros perceberam que, se não atacassem os humanos, podiam ficar perto deles e comer a comida que sobrava. Já os homens descobriram que os cachorros podiam ajudar a caçar, a cuidar de rebanhos e a tomar conta da casa, além de serem ótimos companheiros. Um colaborava com o outro e a parceria deu certo.

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O assunto tratado nesse texto é a:
A) relação entre homens e cães.
B) profissão de zoólogo.
C) amizade entre os animais.
D) alimentação dos cães.

D02 - Leia o texto abaixo e responda às questões.

Caipora

É um Mito do Brasil que os índios já conheciam desde a época do descobrimento. Índios e Jesuítas o chamavam de Caiçara, o protetor da caça e das matas. Seus pés voltados para trás servem para despistar os caçadores, deixando-os sempre a seguir rastros falsos. Quem o vê, perde totalmente o rumo, e não sabe mais achar o caminho de volta. É impossível capturá-lo. Para atrair suas vítimas, ele, às vezes, chama as pessoas com gritos que imitam a voz humana. É também chamado de Pai ou Mãe-do-Mato, Curupira e Caapora. Para os Índios Guaranis, ele é o Demônio da Floresta. Às vezes é visto montando um porco do mato.

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De acordo com esse texto, os pés voltados para trás da Caipora servem para:
A) atrair suas vítimas.
B) despistar caçadores.
C) montar um porco do mato.
D) proteger as matas.


D3 - Leia o texto abaixo e responda às questões.

O Feitiço do sapo

Todo lugar sempre tem um doido. Piririca da Serra tem Zóio. Ele é um sujeito cheio de idéias, fica horas falando e anda pra cima e pra baixo, numa bicicleta pra lá de doida, que só falta voar. O povo da cidade conta mais de mil casos de Zóio, e acha que tudo acontece, coitado, por causa da sua sincera mania de fazer “boas ações”. Outro dia, Zóio estava passando em frente à casa de Carmela, quando a ouviu cantar uma bela e triste canção. Zóio parou e pensou: que pena, uma moça tão bonita, de voz tão doce, fi car assim triste e sem apetite de tanto esperar um príncipe encantado. Isto não era justo. Achou que poderia ajudar Carmela a realizar seu sonho e tinha certeza de que justamente ele era a pessoa certa para isso. Zóio se pôs a imaginar como iria achar um príncipe para Carmela. Pensou muito para encontrar uma solução e fi nalmente teve uma grande idéia de jerico: foi até a beira do rio, pegou um sapo verde e colocou-o numa caixa bem na porta da casa dela.

FURNARI, Eva. O feitiço do sapo. São Paulo: Editora Ática, 2006, p. 4 e 5. Fragmento.

A intenção de Zóio ao colocar um sapo na porta da casa de Carmela foi
A) ajudá-la a encontrar um príncipe encantado.
B) ajudá-la a cantar com voz mais doce ainda.
C) encontrar alguém para cuidar do sapo que vivia no rio.
D) fazer uma surpresa, dando-lhe um sapo de presente.


D5- Leia o texto abaixo e responda às questões.

O menor jornal

A jornalista Dolores Nunes é a responsável pelo menor
jornal do mundo. No dia 23, o micro jornal Vossa Senhoria,
da cidade de Divinópolis (MG), recebeu o certifi cado do
livro dos recordes, atestando que o seu jornal, com apenas
3,5 centímetros de altura e 2,5 centímetros de largura, é o
menor jornal do mundo. O jornal tem 16 páginas mensais,
tiragem de 5 mil exemplares e aborda diversos assuntos da
atualidade.

O que significa atestando?
A) Afirmando por escrito.
B) Dando uma notícia.
C) Fazendo um teste.
D) Lendo com atenção.


D7- Leia o texto abaixo e responda à questão. 05/05/2006

MARCELA,

Vou levar as crianças para um passeio no Museu. Voltaremos
no final da tarde, não se preocupe em preparar lanche para nós.

Um abraço,
Mamãe.
Esse texto serve para
A) dar uma notícia.
B) deixar um recado.
C) fazer um convite.
D) vender um produto.

D10- Leia o texto abaixo e responda à questão.

PRINCESA NENÚFAR ELFO-ELFA

Nasceu já bem pálida, de olhos claros e cabelos loiros, quase brancos. Foi se tornando invisível já na infância e viveu o resto da vida num castelo malassombrado, com fantasmas amigos da família. Dizem que é muito bonita, mas é bem difícil de se saber se é verdade.

SOUZA, Flávio de. Príncipes e princesas, sapos e lagartos. Histórias modernas de tempos antigos. Editora
FTD, p. 16. Fragmento.

A opinião das pessoas sobre a princesa é de que ela:
A) é muito bonita.
B) é pálida, de olhos claros.
C) tem cabelos quase brancos.
D) vive num castelo.



D15-Leia o texto abaixo.

A BONECA

Deixando a bola e a peteca
Com que inda há pouco brincavam,
Por causa de uma boneca,
Duas meninas brigavam.
Dizia a primeira: “É minha!”
“É minha!” a outra gritava;
E nenhuma se continha,
Nem a boneca largava.
Quem mais sofria (coitada!)
Era a boneca. Já tinha
Toda a roupa estraçalhada,
E amarrotada a carinha.
Tanto puxaram por ela,
Que a pobre rasgou-se ao meio,
Perdendo a estopa amarela
Que lhe formava o recheio.
E, ao fi m de tanta fadiga,
Voltando à bola e à peteca,
Ambas, por causa da briga,
Ficaram sem a boneca...

Olavo Bilac, Poesias infantis. Rio de Janeiro: Ed. Francisco Alves, 1949, p. 31-32.

No trecho “Que a pobre rasgou-se ao meio”, a expressão sublinhada refere se a:
A) estopa.
B) peteca.
C) roupa.
D) boneca.

TEXTOS E ATIVIDADES II.

Leia o texto:

O MACACO DE ÓCULOS

Um macaco, que se achava muito esperto e inteligente, estava ficando velho e já não enxergava muito bem.
Preocupado com isso, resolveu usar sua esperteza e saber o que os homens fazem quando ficam velhos e já não enxergam bem.
Conversando com alguns, descobriu que era preciso usar óculos. Arranjou seis pares de óculos para não correr o risco de um só não dar certo.
Pendurou um no pescoço, outro no rabo, um na cabeça, outro na nuca, um no pé, um outro na mão... mas nada! Continuava sem enxergar. Cheirou, lambeu, mudou as posições e não conseguiu nenhum resultado.
Continuava enxergando mal, o macaco, então pensou que estava sendo enganado pelos homens. Ficou furioso!
Pegou seus pares de óculos, jogou-os no chão e pisou em cima.
Coitado! Continuou sem enxergar!




Responda as questões a seguir:

1- O personagem da história é:
( ) Um macaco que se achava muito esperto
( ) Um macaco amigo dos homens
( ) Um macaco muito jovem

2- O macaco não enxergava bem porque
( ) Estava doente
( ) Estava ficando velho
( ) Estava com os olhos machucados

3- Para descobrir como enxergar melhor, o macaco foi conversar com:
( ) Alguns homens
( ) Alguns animais
( ) Alguns macacos

4- Em quais lugares do corpo, o macaco pendurou os óculos? ______________________, ___________, ______________, ______________, _____________, _________________

5-Numere as ações do macaco de acordo com a ordem em que aparecem no texto.
( ) Lambeu os óculos
( ) Jogou os óculos no chão
( ) Cheirou os óculos
( ) Mudou os óculos de posição

6- O macaco pensou que estava sendo enganado pelos homens.
Ser enganado é o mesmo eu:
( ) Ser amado
( ) Ser traído
( ) Ser ajudado

7- “Só podia ser engraçado, macaco botar óculos no rabo”
Na frase acima, a palavra botar significa:
( ) Calçar
( ) Vestir
( ) Colocar

8- O macaco enxergava muito mal. O contrário da palavra sublinhada é
________________

9- De acordo com o texto, o macaco era:
( ) Doce
( ) Esperto
( ) Velho

10- Copie a frase abaixo, passando a para o plural.
O homem bondoso ajudou o macaco.
____________________________________________________________________________________________________________________________________________

11- Usando uma das palavras dos parênteses, complete a frase corretamente.
O macaco ___________ peludo. (é – são)
Nós ___________ muito de animais. (gosta – gostamos)
Os macacos __________ enxergando mal. (está – estão)

12- Faça uma ilustração relacionada com o texto.




O PULO DO GATO

A raposa andava maluca para pegar o gato. Mas ela sabia como todo mundo sabe que o gato é o maior mestre pulador e nem adiantava tentar agarrá-lo. Com um salto de banda, o danado sempre se safava. Decidiu então a raposa usar da esperteza. Chegou-se para o gato e propôs a paz: - Chega de correr atrás um do outro, mestre gato. Vamos agora viver em paz! - Não é bem assim, comadre raposa - corrigiu o gato. - Não é um que corre atrás do outro, é uma que corre atrás do outro,é a "uma", que é a senhora, que corre atrás do "outro", que sou eu... - Bom, de qualquer forma, vamos fazer as pazes, amigo gato. Como o senhor é mestre em pulos, proponho que, para celebrar nosso acordo de amizade, o senhor me dê um curso de pulos, para eu ficar tão puladora como o senhor. Pago-lhe cada lição com os mais saborosos filés de rato que o senhor já experimentou! O gato aceitou e começaram as lições no mesmo dia. A raposa era aluna dedicada e o gato ótimo professor. Ensinou o salto de banda, o salto em espiral, a cambalhota simples, a cambalhota-com-pirueta, o duplo-mortal, o triplo-mortal e até o saca-rolha-composta. A raposa todos eles aprendia, praticava depois das aulas e, logo, já estava tão mestre em pulos quanto o gato. Decidiu então que já era chegada a hora de colocar em prática seu plano sinistro. No começo de outra aula, esgueirou-se por trás do gato e deu um bote, caprichando no salto mais certeiro que o mestre lhe tinha ensinado! E o gato? Deu um volteio de banda, rolou no ar, e a raposa passou chispando por ele, indo esborrachar-se num toco de aroeira. Ainda tonta da queda, a raposa voltou-se para o gato e protestou: - Mas mestre gato, esse pulo o senhor não me ensinou!
-Não ensinei, nem ensino! -riu-se o gato. -Esse é o segredo que me salva de malandros como a senhora, comadre raposa. Esse é o pulo do gato!

BANDEIRA,Pedro. Nova Escola,nº48.


Interpretação

1-“com um salto de banda, o danado sempre se safava.”
A palavra abaixo que tem o mesmo significado da expressão sublinhada é:

A) ( ) exibia
B) ( ) livrava.
C) ( ) prejudicava.
D) ( ) esborrachava.

2- De acordo com o texto, a raposa fez ao gato a seguinte proposta:
A) ( ) viver em paz.
B) ( ) brigar para sempre.
C) ( ) dividir os filés de rato.
D) ( ) viver cada um no seu canto.

3- O texto mostra que tanto a raposa, quanto o rato sempre demonstraram ser:
A) ( ) lentos.
B) ( ) amigos.
C) ( ) espertos.
D) ( ) medrosos.

4- A raposa tornou-se aluna do gato para:
A) ( ) distrair-se com ele.
B) ( ) fazer as pazes com ele.
C) ( ) brincar, pois se sentia sozinho.
D) ( ) conseguir uma chance de devora-lo.

5- O plano da raposa fracassou porque ela:
A) ( ) confiou demais em sua esperteza.
B) ( ) era uma aluna desatenciosa.
C) ( ) errou os pulos ensinados.
D) ( ) agiu sem pensar.


O menino azul

O menino quer um burrinho E os dois sairão pelo mundo
para passear. que é como um jardim
Um burrinho manso, apenas mais largo
que não corra nem pule, e talvez mais comprido
mas que sabe conversar. e que não tenha fim.

O menino quer um burrinho Quem souber de um burrinho desses,
que saiba dizer pode escrever
o nome dos rios, para Rua das Casas,
das montanhas, das flores, número das Portas,
-de tudo o que aparecer. ao Menino Azul que não sabe ler.

O menino quer um burrinho (Cecília Meireles et al. Para gostar de ler: poesias)
que saiba inventar
histórias bonitas
com pessoas e bichos
e com barquinhos no mar.

Interpretação

1- Que tipo de texto é esse?

2- Retire os pares de rimas presentes no texto.

3- Por que você acha que o menino quer justamente um burrinho e não outro animal?

4- Copie do texto os versos que revelam como o menino acha que é o mundo.

5- Essa forma de ver o mundo revela que característica do menino?

6- Observe os versos:
“O menino quer um burrinho
que saiba dizer
o nome dos rios,
das montanhas, das flores,
-de tudo o que aparecer.”

Explique por que o menino quer um burrinho que saiba tantas c